PESQUISA

28 fevereiro 2012

Maconha, esquizofrenia e o paradoxo ético dos psiquiatras que são contra o uso medicinal da maconha (Por Dr. Renato Malcher)



Nenhuma pesquisa cientifica JAMAIS demonstrou que o uso de maconha, ocasional ou crônico, possa causar esquizofrenia. Aliás, não se conhece nada que tenha sido cientificamente estabelecido como agente etiológico direto para distúrbios mentais classificáveis como esquizofrenia.

No Brasil este tema vem sendo erroneamente colocado de forma alarmista em grande parte por decorrência de declarações repetidas na grande mídia pelo Dr. Ronaldo Laranjeira, um dos principais representantes de um grupo de psiquiatras e donos de clínicas de reabilitação os quais são contra o uso medicinal da maconha. Em recorrentes ocasiões, Dr. Laranjeira e seus colegas, de forma artificial e aparentemente deliberada, coloca em oposição os interesses legítimos e não excludentes de grupos totalmente distintos e igualmente merecedores dos cuidados e da atenção de profissionais da saúde e daqueles que detém conhecimento cientifico a respeito das propriedades farmacológicas da maconha e seus derivados. De um lado, existe uma minoria, menos de 1% da população, que possui predisposição para esquizofrenia, os quais, de fato, podem ser negativamente afetados pelo uso descontrolado da maconha vendida pelo mercado negro.  Do outro, está um número enorme de pessoas, 99% da população, que podem se beneficiar das propriedades terapêuticas da maconha, incluindo inúmeras pessoas que já padecem de sofrimentos severos para os quais não existe disponíveis remédios tão eficientes quanto a maconha e seus derivados – conforme ampla e inequivocamente constatado pela ciência. É contra estes últimos, e não a favor dos primeiros, que funciona a postura alarmista que se baseia na falácia de que maconha causa esquizofrenia para impedir seu uso medicinal. Por isso, esta postura é duplamente antiética, já que obscurece a adequada difusão de informações científicas de forma acurada e responsável,  e que, portanto, não apenas priva pessoas em grande sofrimento de um alívio barato, eficiente e seguro, mas também prejudica o acesso da população a informações e condições que poderiam prevenir o problema de surtos psicóticos associado ao uso pesado de maconha na minoria suceptível.

O que se constatou em pesquisas epidemiológicas, baseadas em amostragem e histórico de pacientes de esquizofrenia, foi o seguinte: 1) a maconha é frequentemente usada por esquizofrênicos, que tendem a preferi-las sobre outras drogas. Ou seja, muitos esquizofrênicos gostam de usar maconha; 2) o uso de maconha NÃO aumenta a frequência de esquizofrênicos numa população; 3) o uso de maconha pode adiantar em cerca de um ano a ocorrência do primeiro surto em pessoas esquizofrênicas ainda não diagnosticadas. Esses fatos, amplamente conhecidos da comunidade científica interessada no tema, são incompatíveis com a hipótese de que a maconha transforme um cérebro normal em um cérebro esquizofrênico. Se isso fosse verdade, um aumento no numero de usuários de maconha em uma dada população redundaria em um aumento posterior na frequência de esquizofrênicos na população. E mesmo que isso ocorresse, ainda assim, não estaria provada uma relação de causalidade.

Segundo Laranjeira, “cerca de 10 % dos jovens com menos de 15 anos que experimentam maconha desenvolvem quadro esquizofrênico”. A despeito dos números questionáveis, é certo que muitas pessoas que desenvolvem quadro esquizofrênico gostam de usar maconha antes de ter o primeiro surto porque, em geral, a maconha tem efeito ansiolítico e, em geral, pessoas que desenvolvem quadro esquizofrênico sofrem de ansiedade antes de apresentarem o primeiro surto, ou seja, antes de serem diagnosticadas. Isso não é novidade, inclusive, é muito comum que o primeiro surto da vida de um esquizofrênico ocorra durante um período marcado por crises de ansiedade. Ou seja, a ansiedade é uma característica prodrômica muito bem estabelecida para a esquizofrenia.

Recentemente, uma pesquisa feita no Canadá revelou que um terço das pessoas que fazem uso regular da maconha sem indicação médica o fazem para aliviar sintomas de ansiedade de forma auto-medicamentosa. Dentre estes, certamente haverá uma concentração de adolescentes que sofrem de ansiedade por serem esquizofrênicos, mesmo que ainda não tenham tido o primeiro surto. Ou seja, que ainda estão na fase prodrômica da doença. Quando experimentam maconha e percebem alivio nos sintomas de ansiedade, estes adolescentes passam a gostar e buscar o bem-estar proporcionado pela planta da mesma forma que qualquer pessoa busca aliviar seus sofrimentos com fitoterápicos ou remédios vendidos na farmácia. Quanto maior for a diferença entre uma rotina de sofrimento crônico pela ansiedade e o conforto experimentado com o uso da maconha, maior será a tendência do indivíduo a fazer seu uso crônico e pesado. Ou seja, na verdade, o que se pode adequadamente afirmar a partir das informações cientificas disponíveis, é que adolescentes que usam maconha pesadamente para aliviar ansiedade provavelmente são pessoas com distúrbios neurológicos / psiquiátricos não diagnosticados e que,imprudentemente, se automedicam com a planta.

Então, não é verdade, ou seja, é mentira ou erro de interpretação, dizer que 10% dos adolescentes que fazem uso pesado da maconha se tornam esquizofrênicos.  Com o perdão da redundância, é preciso enfatizar que o que ocorre é que certa proporção dos adolescentes que usam maconha de forma pesada são esquizofrênicos não diagnosticados, sofrendo da ansiedade que caracteriza a fase prodrômica na doença.

Entretanto, mesmo pessoas normais podem experimentar quadros paranoides em decorrência do uso da maconha, situação em que a pessoa sente uma apreensão indefinida acompanhada de desconfortos fisiológicos característicos deste estado psicológico, tais como taquicardia, respiração ofegante e suor nas mãos. Dependendo das circunstâncias emocionais, esta apreensão pode ser direcionada a preocupações comezinhas do dia a dia, tais como um exame escolar, responsabilidades pendentes, ou problemas por resolver, que tomam a intensidade emocional de um pesadelo angustiante. Uma sensação generalizada de medo também pode ocorrer. Entretanto, este efeito é passageiro e não há alucinações, perda de consciência ou alterações comportamentais que caracterizem um surto psicótico propriamente dito. Essas “nóias”, em geral, mas não necessariamente, acontecem quando a pessoa está psicologicamente predisposta a preocupações e faz uso de uma variedade de maconha cuja proporção de THC é muito maior que a de Canabidiol.

THC é o principal principio ativo psicogênico da maconha, entretanto, sua ação é modificada pela interação com outros canabinóides, como é o caso do canabidiol. O THC pode causar ansiedade e conduzir, junto com seus os outros efeitos psicoativos, ao quadro paranoide descrito acima. O canabidiol, por outro lado, reduz a ansiedade e inibe a psicose, podendo impedir o quadro pranóide. Ao fumar uma maconha com baixa concentração de canabidiol ou ao ingerir uma pílula de THC puro, uma pessoa normal poderá passar por essa situação psicologicamente angustiante sem maiores consequências quando os efeitos agudos do THC passarem. Entretanto, para uma pessoa esquizofrênica ainda não diagnosticada, esse quadro paranoide pode ser o gatilho de passagem da fase prodrômica para o primeiro surto psicótico, que revelará então que se trata de uma pessoa com as características que definem o diagnóstico de esquizofrenia.

O fato de o mercado da maconha não ser regulamentado, portanto, está na raiz do problema que conecta seu uso com surtos psicóticos em uma minoria de usuários crônicos. Se a produção e distribuição fossem regulamentadas, as pessoas poderiam adquirir ou cultivar plantas com maior proporção de canabidiol, que é comprovadamente ansiolítico e antipsicótico. Assim, havendo a pressuposta divulgação educacional de informações CORRETAS, uma postura mais racional e ética com relação a maconha poderia, inclusive, evitar expor adolescentes em fase prodrômica às situações descritas acima. Portanto, a despeito de suas boas intenções, o discurso que visa a impedir o uso médico da maconha no Brasil por meio do alarmismo e da ridicularização do tema, é cúmplice dos efeitos indesejáveis que o abuso de maconha pode causar em esquizofrênicos em fase prodrômica, sejam eles adolescentes ou adultos. E é cúmplice também do sofrimento terrível que a proibição do uso médico impõe a pessoas com quadros dos mais diversos, conforme vem sendo amplamente respaldado pela ciência já há muito tempo.

Por Dr. Renato Malcher.




Renato Malcher é Mestre em Biologia Molecular pela Universidade de Brasilia, doutor (Ph.D) em Neurociências pela Universidade Tulane (New Orleans, EUA), Fez Pós-Doutorado em Neurofisiologia Celular na Escola Politécnica de Lausanne- Suiça e em Bioquímica Analítica, na EMBRAPA. É professor adjunto do Departamento de Fisiologia da Universidade de Brasília e primeiro autor do livro "Maconha, Cérebro e Saúde" escrito em colaboração com Sidarta Ribeiro.



FONTE: www.planetamaconha.com

13 fevereiro 2012

POLÍTICOS SÃO DEPENDENTES DE DROGAS

Vendo o título do post até pode parecer mentira, mas não é. Claro que eles não são DIRETAMENTE dependentes de drogas (alguns são), no entanto, dependem do proibicionismo para conseguir votos.
Se é de senso comum (apesar da maioria ser apenas ingênuo a esse respeito) que as drogas causam danos à sociedade, nada mais fácil para um político declarar-se contra elas. Ou ainda, para ganhar mais votos, colocarem-se ao lado da família e contra as drogas. Como se uma inexistisse perante a outra. Esse é um discurso comum na política e tem funcionado durante anos. E durante anos eles tem repetido a fórmula e conseguido chegar ao poder. E uma vez lá, nada fazem de fato para resolver essa política falida. O engraçado, para não dizer trágico, é que eles sabem que a política é falida, mas dependem, diretamente, da ingenuidade e do senso comum para conseguir votos e continuarem com suas carreiras.
Não estamos aqui, defendendo o abuso de drogas, o que consideramos extremamente danoso ao ser humano e toda a sociedade. Mas muitos usuários religiosos, recreativos ou ainda medicinais, continuam sendo pais de família, honestos, trabalhadores e exemplo para a sociedade.
O principal problema do proibicionismo, ou melhor obscurantismo, é o fato de que, independente de quem são essas pessoas usuárias de drogas, muitos deles pais de família, trabalhadores e seres úteis a sociedade, são encarcerados e retirados do convívio comum simplesmente para sustentar essa plataforma política.
Porque não basta simplesmente ser proibicionista, os políticos, muitos deles, precisam MOSTRAR números do sucesso de sua política, mas infelizmente, os números não ajudam. Eles não conseguem mostrar que o consumo de drogas diminui. Pelo contrário, esse só vem aumentando. Então quais são os números mostrados para mostrar, de maneira tendenciosa e mentirosa, é claro, o sucesso do proibicionismo? Simples: com número de prisões (muitos deles apenas usuários) e apreensões de drogas. E assim chegamos ao patamar da terceira maior nação de presos do mundo. São Paulo criou mais vagas em prisões que leitos de hospitais. E você aí, dona de casa, aplaudindo de pé toda essa corrupção. A propósito, cuide de seu filho, melhor ele fumar seu baseado em casa, que virar número para político corrupto conseguir chegar ao poder.
Dá uma olhada nesse vídeo.

Ative CC para ver legenda!

07 fevereiro 2012

Maconha: entre liberdade de consumo e financiamento do tráfico



Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado no último dia 23 de junho, 190 milhões de pessoas em todo o globo haviam fumado maconha ao menos uma vez na vida em 2008, número equivalente ao da população brasileira. Sendo a maconha a droga ilícita mais consumida, seus usuários são muitas vezes apontados como responsáveis por boa parte do financiamento do atual mercado, que em sua maioria tem forte relação com a criminalidade e com a violência.
Durante muitos anos, reproduzimos essa equação simplista sem maiores reflexões, recitando por aí o principal mantra do proibicionismo: "Os usuários são os principais responsáveis pelo financiamento da violência". Muitos devem lembrar que, em 2007, ano de lançamento do filme "Tropa de Elite", era comum ver Capitão Nascimento afirmando "Quem matou esse cara aqui foi você! É você que financia essa m...!" enquanto esbofeteava o maconheiro e era aplaudido pela plateia nos cinemas.
Mas será que essa afirmação é 100% verdadeira? Será que hoje em dia é assim tão fácil por a culpa nos usuários de maconha pela manutenção do poder econômico dos traficantes?
Já no relatório de 2006, a ONU chamava atenção para transformações que têm ocorrido no cenário do uso de maconha desde a década de 1960, como o uso de técnicas de cultivo com lâmpadas e o desenvolvimento de novos híbridos da planta, que possibilitaram a redescoberta da cultura. A ONU destaca que isso não tem apenas transformado o mercado fornecedor da erva, mas também possibilitado a muitos usuários cultivarem a maconha que consomem.
A partir do crescimento do uso da internet, especialmente com o lançamento do Growroom, grupo que atua em defesa dos usuários de maconha, os brasileiros passaram a ter acesso a essas informações. Desde então, temos visto o crescimento do número de usuários cultivadores acusados injustamente de tráfico, muitas vezes permanecendo um período encarcerados até terem a inocência comprovada.
O caso do baixista Pedro Caetano, da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, preso com oito plantas e dez mudas na última quinta-feira, é mais um exemplo de como a lei vem sendo cumprida de forma abusiva e equivocada. Se por um lado o artigo 28 da lei 11.343 de 2006 determina que é vetada prisão nesses casos, vemos que o despreparo de policiais, delegados e outros operadores da lei ainda impede sua correta aplicação.
É óbvio que a maior parte dos usuários ainda compra, mas é cada vez maior o número de pessoas que buscam alternativas a esse circuito perverso. A sociedade brasileira precisa não apenas começar a perceber isso, mas estimular tal conduta. Já que em 2006 o Brasil retirou a pena de prisão para os usuários, não podemos continuar passando a mensagem de que não faz diferença se quem decide fumar maconha vai plantar em sua casa ou comprar numa boca de fumo.
No mínimo, a Lei 11.343 deve ser cumprida, e os usuários cultivadores não podem ser presos. Da forma como está hoje, estamos passando a mensagem de que o usuário que adquire tem que cumprir penas alternativas e que aquele cultiva deve ficar preso. Será mesmo que queremos fomentar uma sociedade na qual o Capitão Nascimento continuaria a ser aplaudido mesmo que desse tapas e xingasse um usuário que cultiva a maconha que consome?

*Sergio Vidal é antropólogo, escritor e trabalha no Growroom.

FONTE: O Globo

31 janeiro 2012

MARCHA DA MACONHA 2012 - CURITIBA

Em CURITIBA já estamos nos preparando para a Marcha da Maconha. Quanto mais pessoas ajudarem na organização, mais fácil teremos a repercussão esperada. Queremos expor pontos de vista, convidamos deputados e vereadores a trazerem suas idéias (será que eles tem?) sobre o tema. Vale ser a favor, vale ser contra, só não vale proibir viu delegado deputado?
Ano passado o STF deliberou sobre o assunto e LEGALIZOU a Marcha da Maconha em todo o Brasil. Em 2011 a Marcha em Curitiba, São Paulo e outras capitais tiveram seus direitos de expressão cerceados e a borracha cantou pra cima dos manifestantes. Esse ano o clima é de paz. Música, cultura e debates. Venha se informar:

MARCHA DA MACONHA CURITIBA
Quando: 19 de Maio de 2012
Onde: Boca Maldita
Horas: 14h

Grower Não é Traficante #1


Campanha idealizada pelo Growroom (link vc encontra em nosso rodapé) mostrando que GROWER não é traficante. Se o principal argumento dos proibicionistas é o financiamento do tráfico por usuários, então o derrubaremos por terra. Quem planta sua própria erva para consumo próprio ajuda no combate ao tráfico de drogas. Se você é um grower, mande pra nós seu vídeo e mostre que se não há danos à sociedade, não pode haver crime. Liberdade a todos os Growers presos injustamente. #LiberdadeSativaLover

Dr. Lester Grinspoon - Prof. de Psiquiatria Emérito da Escola de Medicina de Harvard

Legalização da maconha com fim médico não eleva consumo de jovens, diz estudo



A legalização da maconha com fins médicos não contribui para aumentar seu consumo entre os jovens, garante um estudo divulgado nesta última quarta-feira, 2, nos Estados Unidos, onde a droga é legal para esse tipo de uso em 14 estados e em Washington, a capital do país.

A pesquisa, dirigida pela doutora Esther Choo, do Rhode Island Hospital, foi apresentada durante a reunião anual da Associação Americana de Saúde Pública.

A legalização da maconha com fins médicos no estado de Rhode Island, o que ocorreu em 2006, gerou "preocupações" sobre o aumento de sua "acessibilidade" para os jovens, "mais vulneráveis às mensagens públicas sobre o uso de drogas e às consequências adversas", explicou Choo.

Para comprovar que essa tese não tem fundamento, os pesquisadores analisaram dados de 32.750 estudantes de Rhode Island e de Massachusetts, onde a maconha não é legal, e descobriram que não havia "diferenças significativas" no consumo.

A maconha é uma substância ilegal em nível federal nos EUA, onde sua comercialização é considerada narcotráfico, e o país investe bilhões todos os anos em sua erradicação dentro e fora de suas fronteiras.

Em 14 estados e em Washington é possível adquirir maconha de forma regulada para atenuar doenças que vão desde o câncer até a esclerose, embora esse leque, que inclui estresse e problemas para dormir, terminou por transformá-la em um produto mais.

Segundo uma pesquisa do Instituto Gallup divulgada no mês passado, metade dos americanos é a favor da legalização da maconha.

Apesar de o apoio à descriminalização de seu uso ter aumentado desde 2000, as iniciativas para tentar legalizar sua venda geral não prosperaram.

O fracasso mais famoso foi o da chamada Proposta 19, na Califórnia, que pretendia descriminalizar o cultivo, a venda, a posse e o consumo da cannabis para maiores de 21 anos nesse estado, e que acabou rejeitada em um plebiscito realizado em novembro de 2010 por 56% dos eleitores.


Fonte: ESTADÃO

Componente da maconha ajuda a superar traumas, diz pesquisa


Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) descobriram como um componente químico da maconha pode ajudar no tratamento das sequelas emocionais deixadas por traumas. Experimentos indicam que o canabidiol, um dos mais de 80 constituintes da Cannabis sativa, ajudou animais a superar a ansiedade provocada por uma experiência traumática.
Nos testes em laboratório, os animais receberam um choque moderado nas patas, simulando uma situação traumática. Quando eram novamente expostos ao ambiente de condicionamento, os animais "congelavam" de medo, sem poder reagir. Contando o tempo de imobilidade, os pesquisadores avaliam a intensidade do medo.
O professor Reinaldo Takahashi, coordenador dos estudos, explica que a simulação em laboratório é semelhante ao que acontece com uma pessoa que foi assaltada numa determinada rua e fica com medo sempre que tem que passar pelo local. Segundo ele, a maneira mais eficaz de se reduzir o medo consiste em realizar sucessivas exposições ao ambiente de condicionamento. Assim os animais se adaptam à situação e reaprendam que aquele local deixou de ser ameaçador.
Em humanos, este tratamento é chamado de terapia de exposição e funciona mais ou menos da mesma forma. "Os principais resultados de nossos estudos demonstraram que o canabidiol facilita esse processo de reaprendizado emocional, tornando a exposição terapêutica muito mais eficiente e com efeitos prolongados", explica o professor Takahashi.
A pesquisa indica que a substância funciona como um ansiolítico, o medicamento que combate a ansiedade. A vantagem é que o canabidiol não causa os efeitos colaterais comuns aos medicamentos tradicionais como dependência, sonolência excessiva, piora da memória, tonturas e zumbidos. Os estudos indicam que o canabidiol também não provoca os efeitos típicos da maconha, como falhas na memória recente, taquicardia, boca seca, falta de coordenação motora e tosse.

Fonte: Terra

O Sindicato - O negócio por trás do barato

Melhor documentário para elucidar alguns pontos sobre a Cannabis. Se você quer informação sintetizada sobre:
- Por que proibiu?
- Quando proibiu?
- Quem é o responsável?
- Cultivadores
- História da Cannabis
- Ativismo
- Mentiras que contaram para você
- Quão melhor poderia ser o mundo caso acabasse a guerra?


Ative o CC na base do vídeo. Legendas ON.

Segundo pesquisa, legalização da maconha renderia cerca de R$ 2,2 bilhões à França




Caso a França decida legalizar a maconha e impor uma taxa similar à do tabaco sobre seu consumo, o país poderia ganhar cerca de R$ 2,2 bilhões (1 bilhão de euros) por ano, afirma um estudo da Universidade de Sorbonne – uma das instituições mais respeitadas do mundo.

Além disso, uma medida como essa não provocaria uma alta no consumo da droga, segundo o estudo divulgado nesta terça-feira (2).

Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o autor do estudo, Pierre Kopp, professor de economia em Sorbonne, afirma que o país economizaria algo em torno de R$ 622 milhões (300 milhões de euros) apenas em despesas ligadas às detenções por tráfico.

O estudo, intitulado "As drogas são benéficas para a França?", comparou o custo da política atual de combate ao tráfico de maconha e os gastos que seriam gerados por uma eventual descriminalização do comércio da droga.

Para Kopp, a chave está em impor um imposto que regule o preço da substância. O valor não poderia ser baixo a ponto de favorecer seu consumo nem tão alto a ponto de estimular a criação de um mercado negro.

Segundo o especialista, “um nível adequado [de imposto] permitiria evitar uma alta do consumo e gerar fundos para financiar a prevenção”.

Fonte: R7